TJ da Paraíba mantém prisão de influenciador e marido acusados de crimes sexuais

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A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou nesta terça-feira (23) o pedido de habeas corpus para revogar a prisão preventiva do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. O relator do caso, desembargador João Benedito da Silva, destacou que a defesa também recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o ministro Rogério Schietti Cruz já havia negado o pedido anteriormente. Para o magistrado, seria difícil que a Câmara adotasse entendimento diferente de uma Corte superior.

A prisão do casal ocorreu em 15 de agosto, em São Paulo, após denúncias expostas nas redes sociais pelo influenciador Felca, que divulgou relatos e acusações envolvendo Hytalo e Israel. Após o episódio, o Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), passou a investigar o caso. O casal foi transferido para o Presídio do Róger, em João Pessoa, onde está detido preventivamente desde 28 de agosto.

Na semana passada, o Gaeco denunciou os dois pelos crimes de tráfico de pessoas, produção de conteúdo pornográfico com adolescentes e incentivo a atos sexuais sob “extremo constrangimento”.

A defesa, representada pelo advogado Felipe Cassimiro, criticou a condução do processo, afirmando que toda a base acusatória se apoia em matérias jornalísticas. “Ele poderia ter sido interrogado e não foi em nenhum momento. Espanta uma denúncia assim”, declarou.

Cassimiro também destacou que, desde a prisão em São Paulo até a transferência para a Paraíba, não houve diligência para ouvir Hytalo. “Isso poderia até ser um material acusatório, mas não foi feito. Cabrini quis ouvir meu cliente, todo mundo quer ouvir meu cliente, menos aquele a quem compete o ônus da prova”, afirmou, em referência ao jornalista Roberto Cabrini.

O caso segue em andamento na Justiça paraibana e ainda não há previsão de julgamento.