MPPA deflagra Operação Hades II contra prefeito de Ananindeua por suspeita de corrupção

há 1 semana 6

O Ministério Público do Pará (MPPA) deflagrou nesta quinta-feira (18) a Operação Hades II, que investiga o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos. A nova fase aprofunda apurações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo contratos públicos e a aquisição de bens de alto valor.

O principal ponto da investigação é a compra de um imóvel no Condomínio Origem Fortim, em Fortim, no Ceará, avaliado em mais de R$ 3 milhões. Segundo o MPPA, o bem foi registrado em nome de uma empresa ligada ao prefeito, mas o pagamento teria sido feito por companhias que mantêm contratos milionários com a Prefeitura de Ananindeua, o que configura indícios de lavagem de dinheiro.

Força-tarefa na operação

A Operação Hades II envolve uma força-tarefa formada por:

  • Ministério Público do Pará (MPPA);
  • Polícia Federal;
  • Polícia Civil do Pará;
  • Receita Federal;
  • Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA);
  • Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

As investigações apuram crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e a possível existência de uma organização criminosa.

Histórico da Operação Hades

Na primeira fase, em agosto de 2025, Daniel Santos chegou a ser afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Na ocasião, foram apreendidos:

  • 16 relógios de luxo avaliados em R$ 3 milhões;
  • Veículos importados;
  • Imóveis de alto padrão;
  • Uma fazenda estimada em R$ 16 milhões, registrada em nome de terceiros, mas com suspeita de ligação direta ao prefeito.

Investigação na saúde

O MPPA também apura indícios de irregularidades na área da saúde de Ananindeua, como:

  • Superfaturamento de contratos;
  • Fechamento irregular de unidades de saúde;
  • Desvio de recursos destinados ao atendimento da população.

Próximos passos

A segunda fase busca mapear movimentações financeiras suspeitas, rastrear contratos públicos que possam ter servido como fonte de recursos desviados e identificar outros possíveis envolvidos. O material apreendido nos mandados de busca e apreensão será analisado pela força-tarefa.

Segundo o MPPA, a investigação pode resultar em novos afastamentos e ampliar o número de investigados no caso.

“A operação Hades II foi realizada para cumprimento de mandados de busca e apreensão em face de diversas pessoas físicas e jurídicas. A decisão judicial decorreu do encontro de documento de compra de imóvel de alto valor, em nome de empresa do prefeito municipal de Ananindeua, Daniel Santos, pago por diversas empresas que possuem contratos com a prefeitura e, portanto, recebem recurso público. Força tarefa instituída pela portaria nº 5157/2025.”

Solicitamos um posicionamento do prefeito Dr. Daniel Santos e aguardamos um retorno.

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