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A disputa judicial pelo controle de parte da Mina do Sossego, em Canaã dos Carajás, tem como uma das protagonistas a empresária Andressa Mendonça, ex-mulher do empresário e bicheiro Carlinhos Cachoeira. A batalha nas varas da Justiça cria um entrave para a expansão da operação de cobre da Vale em Canaã.
Tudo começou quando a Vale perdeu o prazo para renovação do alvará de pesquisa mineral no Projeto Sossego, área que já era trabalhada pela Vale desde meados dos anos 2000. Esse alvará garantia à gigante brasileira a manutenção da titularidade junto à Agência Nacional de Mineração. Como a Vale não renovou, o empresário Cláudio Luiz Mariano, dono da GB Locadora, soube disso, requisitou o direito de explorar a área e o conquistou. Isso aconteceu em 2014 e, desde então, a Vale briga na justiça por essa situação.
Para resolver a questão, a Vale fez um acordo de R$ 50 milhões com a GB Locadora, empresa de Goiás, para assegurar os direitos sobre a de 3.818 hectares dentro da mina. Tudo parecia se encaminhar até que Andressa Mendonça, através de sua empresa Peroza, entrou no meio do negócio, alegando ter financiado todos os custos para viabilizar a área e que teria direito a uma participação de 33,33% no valor e na exploração mineral, conforme um contrato que diz ter com a GB. A situação voltou para a justiça.
Enquanto a questão não é resolvida pelos tribunais, a transação permanece travada. A Vale efetuou o pagamento, mas não consegue a garantia de posse plena da área, mantendo a instabilidade sobre o futuro da mina.
A empresa afirmou que cumpre todas as obrigações legais, mas não comentou os detalhes do caso. De acordo com Andressa, a Vale sabia que sua empresa tinha participação no negócio, mas optou por negociar diretamente a GB. Para a empresária, isso pode gerar conflitos jurídicos futuros e bloqueio de valores.
Carlinhos Cachoeira negou participação no negócio: “Essa empresa é de minha ex-esposa. Esse assunto é da Andressa, e não meu”. Ele cumpre pena em liberdade após condenação a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção ativa em janeiro de 2024.