Em Nova York, Pará apresenta Vale Bioamazônico, projeto que busca transformar biodiversidade em economia sustentável

Durante a Semana do Clima de Nova York, o governo do Pará apresentou nesta quarta-feira (24) o Vale Bioamazônico, projeto que pretende impulsionar a chamada “nova economia da floresta” a partir da biodiversidade amazônica. O anúncio foi feito no evento “Potencializando os ‘Superpoderes’ do Clima: Natureza, Tecnologia e Comunicação”, que reuniu nomes como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, o ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e o príncipe Albert II de Mônaco — que confirmou presença na COP30, em Belém.

A proposta do Vale Bioamazônico é criar um ecossistema de inovação inspirado no modelo do Vale do Silício, nos Estados Unidos, mas voltado para a valorização de produtos, pesquisas e tecnologias baseadas na biodiversidade amazônica. A iniciativa prevê a integração de projetos já em andamento, como o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias e o PCT Guamá, além de políticas de incentivo à pesquisa científica, educação tecnológica e formação profissional.

O objetivo central é agregar valor aos recursos naturais da floresta e gerar desenvolvimento econômico sustentável, conectando governo, universidades e setor privado em torno de soluções inovadoras que possam transformar a região em um polo global de bioeconomia.

Economia verde em foco

A proposta também faz parte da estratégia do Pará de posicionar a Amazônia como protagonista no debate global sobre clima e desenvolvimento sustentável, especialmente diante da realização da COP30, em 2025.

Durante o evento, Albert II, príncipe de Mônaco, confirmou que participará da conferência em Belém. “Não vejo a hora de estar no Brasil para a COP30. Amo o seu país e o seu bonito Estado, o Pará. Queremos uma COP histórica e desejamos o sucesso desse evento tão importante”, afirmou.

A expectativa do governo é que o Vale Bioamazônico se torne um dos principais vetores de atração de investimentos, pesquisa científica e inovação tecnológica na Amazônia nos próximos anos — conectando a riqueza natural da floresta a um novo modelo econômico baseado em sustentabilidade.