Débito e crédito de Marcos Braz

Marcos Braz – Foto: Cristino Martins (O Liberal)

A torcida do Remo não tem ideia do que o executivo Marcos Braz já acrescentou ao clube em avanços organizacionais e novas posições no mercado do futebol. O trabalho já produziu negócios vantajosos e abriu boas perspectivas comerciais. Este é o crédito.

Porém, o executivo azulino também tem muito débito com suas contratações improdutivas, com o agravante de escolher e insistir com o técnico António Oliveira, para um fracasso previsível. É disso que todos vão lembrar!

Os “gols contra” de Marcos Braz tiraram o Remo da rota do acesso, que até pode ser retomada, mas agora já é muito improvável.

O cenário atual recomenda a prioridade de chegar aos 45 pontos que garantem a permanência na Série B, com encaminhamento do projeto para 2026, que deve ter a continuidade do trabalho de Guto Ferreira. Espera-se!

Cenário diferente

Apesar de ter quase a mesma pontuação alcançada na 28ª rodada da Série B de 2021, quando foi rebaixado, o Remo vive agora uma realidade diferente. Tem 1 ponto a mais, com um elenco unido e responsável. Vale lembrar que, naquela temporada, havia o grupo dos boêmios e o grupo dos compromissados. Atualmente, o Leão está passando por uma troca providencial de comando.

Cenário igual

O que não mudou foi a postura da alta direção. Em 2021, houve omissão diante das irresponsabilidades. Em 2025, olhos fechados para as estatísticas da fisiologia, enquanto o time perdia intensidade física na desastrosa passagem de António Oliveira.

Um time só joga em alta intensidade quando treina intensamente!

Positivo

Se houve um nome positivo no Remo contra o Volta Redonda (RJ), foi o atacante Janderson, que entrou muito aceso e criou algumas situações de perigo, como na jogada que resultou no pênalti sofrido por João Pedro, que terminou com gol de Eduardo Melo, no rebote da cobrança. Janderson só precisa querer para ser útil!

Lateral

Emprestado pelo Remo até o final desta temporada, o lateral-direito Kadu é titular do Sub-20 do Botafogo (RJ). O clube carioca fez constar no contrato a opção de compra de 80% dos direitos econômicos do jogador, por cerca de R$ 1 milhão.

Pelo que está produzindo e desenvolvendo, é provável que o atleta seja mesmo comprado.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 26/09/2025