Quando disse que pouca coisa tinha feito com o elenco remista antes do jogo contra o CRB (AL), o técnico Guto Ferreira comentou que boa parte dos trabalhos dos 2 dias antes do confronto foram de conversas.
O treinador falou bastante da parte física da equipe, que teve bom desempenho depois de partidas seguidas em que ficou devendo. Mais uma vez, observou que nada de diferente foi feito nesse sentido. Segundo ele, o Remo “sobrou em campo” porque dominou a maior parte das ações e, por isso, teve menos desgaste.
“O que foi apresentado de questões físicas não mudou da noite para o dia. Se soubesse como mudar isso em tão pouco tempo, seria um milagre. O que aconteceu aqui, já existia. O que poderia estar atrapalhando é o mental, que gera um desgaste violento. Quando você não está confiante, você acaba tendo ações que transparecem que você não está condicionado. Quando você está vencendo, está tendo resultado, é o inverso. O corpo se multiplica, dá a resposta e a inspiração que você não tinha”, disse.
Guto afirmou que sabe que o caminho é árduo, mesmo com apenas 9 rodadas pela frente. Ainda assim, por mais que venham dificuldades, a organização tática tem que ser constante para evitar um desgaste físico maior.
“Não foi uma partida tecnicamente brilhante, mas taticamente foi e, em termos de entrega, foi fantástico. Então, talvez tenha sido isso na partida e, à medida que consiga organizar melhor, a gente vai correr menos errado. Correndo menos errado, vai desgastar menos e na hora que tiver condições de jogar, vai estar mais inteiro para jogar”, apontou.
“Sempre a gente tem que ter jogadores com saúde, jogadores que têm uma entrega muito grande. Se tiver um jogador mais ou menos no aspecto físico, ele vai prejudicar o resto em volta”, completou o comandante azulino.
O técnico lembrou que, em boa parte da Série B, o Leão se saiu bem em todos os aspectos. Além disso, afirmou que a organização e a competência contribuíram para o bom desempenho em todos os aspectos. Ou seja, isso tem que ser retomado se o objetivo ainda for o acesso.
“Não pode um time correr quase todo o primeiro turno na posição que estava correndo e, de repente, tem uma baixa acentuada. Não é falta de competência, não é falta de qualidade. Tem alguma coisa que aconteceu que foi se perdendo no caminho. Então, a busca é resgatar o que eles têm. Temos que conseguir manter esse espírito”, falou.
A questão física vai definir o aproveitamento de alguns atletas para o jogo deste domingo (05/10), contra o Operário (PR), em Ponta Grossa (PR). O centroavante Eduardo Melo, que deixou o gramado do Mangueirão lesionado ainda no primeiro tempo diante da equipe alagoana, ainda não teve diagnóstico divulgado, mas por se tratar de uma lesão muscular, deve ficar de fora da próxima rodada. O mesmo deve acontecer com o meia Régis e o atacante Pedro Rocha, ambos ainda sem previsão de retorno.
Por fim, independentemente de voltas ou saídas, Guto garante que o elenco deu um sinal de equivalência e qualidade e esse quer seguir neste caminho.
“O entendimento do valor deles ao grupo, enquanto se vai jogar 5, 10, 20 minutos, ou uma partida inteira, tem que ser em prol do grupo e tem que ser grande. Aquele que tiver esse perfil, essa humildade, vai nos ajudar. Aquele que pensar só nele, esse não vai nos ajudar”, finalizou.
Diário Online, 30/09/2025