Ataques de Rogério Barra a Aurélio Goiano são retratos de um diminuto PL buscando popularidade no Sudeste do Pará

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Na última terça-feira (23), a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizou uma audiência pública em Parauapebas. Entre os destaques da sessão, a fala do deputado Rogério Barra (PL) atacando Aurélio Goiano (Avante) em uma clara tentativa de viralizar nas redes e ganhar popularidade na região.

A grande verdade é que o PL, hoje, é um partido diminuto no Pará. Não possui, nem de longe, o potencial político de outros tempos e se escora em discursos ideológicos e/ou inflamados para sobreviver. Sabendo da tendência conservadora na região, Barra, seu pai Eder Mauro e outros, buscam popularidade na inflamação de discursos e pensamentos.

A rixa contra Aurélio Goiano é antiga. Não custa nada lembrar que o atual prefeito parauapebense disputaria a eleição do ano passado pelo Partido Liberal e foi escanteado pela sigla em um desentendimento com Eder Mauro. A rixa é antiga, e claramente oportuna para o momento.

Aurélio, que encontrou uma cidade em uma situação fiscal desequilibrada, está encontrando dificuldades nos primeiros meses de gestão. Barra sabendo disso, aproveitou o momento para encontrar fôlego e angariar votos na região.

A estratégia funciona? Momentaneamente sim. O deputado incendiou ânimos e conseguiu atiçar opositores. Bombou nas redes sociais e conseguiu a popularidade que queria. A longo prazo, talvez não funcione tão bem. A tendência é que Aurélio retome a popularidade em 2026 e tenha forças para conseguir boas votações para indicados seus na disputa legislativa. E Rogério, de Belém tal qual é, não conseguirá os votos que deseja no gigantesco colégio eleitoral de Parauapebas.

Um partido enfraquecido no Pará

Com apenas um prefeito entre os 144 municípios do estado e pouquíssimos aliados, o PL está se apequenando no Pará. Prova disso foram as Eleições 2024, um fiasco retumbante e ainda dolorido para a sigla.

Como ficou provado, a estratégia de enfrentamento e fúria adotada por Eder Mauro, ex-presidente da sigla, não foi bem sucedida. Para tanto, Joaquim Passarinho, um dos últimos liberais respeitados por todos os setores no estado, foi eleito presidente e tenta resgatar a dignidade do partido no estado, buscando distância dos extremos e tentando fortalecer o diálogo.

Como Eder Mauro e Rogério Barra não sabem fazer política de outro jeito a não ser construindo muros em vez de pontes, devem continuar patinando sem sair do lugar, falando apenas aos convertidos e surfando em ondas passageiros. Continuarão eternos legisladores, passando longe de cargos executivos.

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