O público poderá acompanhar ao vivo pelo Globoplay e pelo Multishow e conferir ainda uma edição especial com os melhores momentos do show na TV Globo, após o programa Estrelas da Casa.
Ao se inspirar na vitória-régia para montar um palco flutuante, a produção do Amazônia Live buscou dialogar com a paisagem natural e cultural local, valorizando a floresta e outros elementos amazônicos.
A planta aquática, nativa da Bacia Amazônica, guarda uma curiosidade: pode suportar até 50 quilos e alcançar um diâmetro de até 3 metros.
Além da aparência imponente e das características singulares, a vitória-régia também carrega um profundo simbolismo místico entre os povos da floresta.
Segundo o professor Christophe Andrade, historiador especialista em História e Cultura Afro-Indígena Brasileira, a lenda da vitória-régia é uma das mais importantes da região, por transmitir valores ligados à conexão com a natureza, à espiritualidade e à transformação.
A lenda da jovem que virou flor
Vitória-régia — Foto: Arquivo TG
De acordo com Christophe Andrade, a lenda fala sobre Náia, uma jovem indígena que se encantou por Jaci, a deusa da lua. No desejo de se aproximar da divindade, Náia passava as noites admirando o céu.
Um dia, ao ver o reflexo da lua nas águas de um rio, acreditou que finalmente poderia tocá-la e se jogou. A jovem morreu afogada. Comovida, Jaci transformou a alma de Náia em uma flor aquática: a vitória-régia.
A lenda conta que, desde então, a planta abre as pétalas brancas durante a noite para saudar a lua e as recolhe pela manhã, para descansar.
Para o especialista, a planta é considerada um dos maiores símbolos da Amazônia, presente em manifestações culturais, festas populares, obras de arte e também na memória coletiva da região.
Vitória-régia: flor amazônica cercada de lenda inspira palco para show com Mariah Carey em Belém — Foto: Rede Globo/Reprodução
Palco flutuante no Rio Guamá
Além de Mariah Carey, o palco flutuante em formato de vitória-régia também vai receber as artistas paraenses Joelma, Gaby Amarantos, Dona Onete e Zaynara. A concepção do espaço é assinada pelo arquiteto e coordenador de cenografia Diego Campos.
Palco flutuante em formato de vitória-régia no rio Guamá, em Belém. — Foto: Juliana Bessa / g1
O evento presta homenagem à Amazônia e reforça a importância da preservação da maior floresta tropical do planeta.
Segundo Roberta Medina, vice-presidente da Rock World, organizadora do festival, o show é uma maneira de chamar a atenção do mundo para o que realmente importa: manter a floresta em pé.
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