Senadores do Maranhão votam pela derrubada de vetos à energia offshore, medida pode impactar conta de luz

Brasília, DF – Os três senadores que representam o estado do Maranhão no Congresso Nacional – Eliziane Gama (PSD), Weverton Rocha (PDT) e Ana Paula Lobato (PDT) – votaram a favor da derrubada dos vetos presidenciais a trechos cruciais do Marco Regulatório da Energia Offshore. A votação, que ocorreu em sessão conjunta do Congresso Nacional na última terça-feira (17), gerou preocupações significativas sobre o futuro das tarifas de energia elétrica em todo o país.

A decisão dos parlamentares maranhenses acompanhou a maioria dos congressistas, resultando na derrubada dos vetos e na manutenção de pontos controversos no novo marco regulatório. Uma das principais críticas recai sobre a imposição da contratação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), mesmo em situações onde não haja necessidade técnica comprovada ou demanda real por essa geração de energia.

Segundo cálculos da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o impacto financeiro das medidas aprovadas ultrapassa a marca de R$ 197 bilhões. Essa quantia astronômica tem o potencial de elevar a conta de luz dos consumidores brasileiros em até 3,5% até o ano de 2050. A obrigatoriedade de contratar PCHs, independentemente da demanda, é apontada por especialistas como o principal fator para esse aumento projetado.

A votação no Congresso Nacional evidenciou uma união de forças entre parlamentares da base governista e da oposição, convergindo em torno dos interesses do setor energético. Essa articulação ocorreu mesmo diante das projeções econômicas desfavoráveis para os consumidores residenciais e comerciais, que deverão arcar com os custos adicionais na tarifa de energia nos próximos anos.

A posição dos senadores Eliziane Gama, Weverton Rocha e Ana Paula Lobato ao votarem pela derrubada dos vetos demonstra um alinhamento com o setor de energia offshore e, potencialmente, com os interesses das PCHs, em detrimento das possíveis consequências para o bolso dos cidadãos maranhenses e de todo o Brasil. O debate sobre os impactos dessa decisão e as alternativas para mitigar o aumento nas tarifas de energia deve continuar nas próximas semanas.