Distribuídas e operando em máquinas de costura, as profissionais transformam extensas faixas de elastano em grandes revestimentos que irão compor o teto de 64 estruturas modulares, que são os chamados overlays, da Blue Zone. Após o evento, o material deve ser reutilizado, segundo a empresa responsável.
Costureira há mais de cinco anos, Patrícia Trindade, também compartilha dos mesmos sentimentos de Márcia. Para ela, cada ponto de costura fortalece o elo entre a manualidade e a inovação, entre o Pará e o mundo. E é por meio do trabalho artesanal, feito com técnica e paciência, que a identidade amazônica será reforçada no maior encontro climático do planeta.
Segundo a empresa responsável pela construção, o espaço central da COP30 está em fase avançada de montagem, no Parque da Cidade, em Belém.
Talento paraense será retratado na Blue Zone. — Foto: Divulgação / DMDL
Acostumadas ao cotidiano das confecções na capital paraense, as profissionais vêem agora o ofício ganhar escala global dentro de uma estrutura de 125 mil m², onde chefes de Estado, diplomatas e cientistas irão debater metas de sustentabilidade.
No caso da Blue Zone, a obra já criou mais de 300 postos de trabalho e a expectativa é chegar a cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos até a conclusão.
Administrada pela ONU, a Blue Zone faz parte do centro diplomático da COP30, e simboliza o papel de Belém como protagonista nas discussões climáticas.
A estrutura que está sendo montada para as discussões que vão reunir mais de 30 mil pessoas, de 10 a 21 de novembro, reforça o compromisso brasileiro com a sustentabilidade e a inovação, e o fortalecimento da força produtiva do país.